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domingo, 27 de março de 2011

Vídeo-chamada para ato de amanhã!!

Ato dia 28/03 (AMANHÃ!!), 17h, Terminal Central QUEM NÃO LUTA QUER TARIFA!!




O transporte público de qualidade é um direito elementar que deve ser garantido a todos. Este direito garante não só locomoção para os locais de trabalho e centros urbanos, mas também acesso à saúde, educação, lazer e cultura. Entretanto o que temos hoje é um transporte privatizado, que restringe o direito aos que podem pagar, aumentando a exclusão social da periferia e se tornando fonte de lucro de empresários diretamente ligados com o governo em troca de financiamento para as eleições. Lutamos pelo passe livre para estudantes e desempregados, para estes terem acesso aos serviços públicos gratuitamente.
Lutamos também pela estatização das empresas de ônibus, ou seja, para que esta seja pública de fato, controlada pelos trabalhadores e usuários. Garantindo assim que esteja a serviço dos que realmente precisam!
Para isto convocamos todos os jovens, trabalhadores e estudantes a se organizarem em seus locais de estudo e de trabalho, fazendo debates, atividades e criando comitês locais, construindo uma grande mobilização que conquiste nossas reinvindicações!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Reunião do Comitê

- Sábado, 12/03, às 17h no Centro de Covivência de Campinas
- Sábado, 19/03, às 14h no Centro de Covivência de Campinas
Quem não luta quer tarifa!

OCUPAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA MORADIA DA UNICAMP

Isso começou agora?

A moradia da Unicamp foi produto de uma intensa luta nos anos de 1986 a 1988. Durante estes dois anos, estudantes de diferentes cursos, organizados através do movimento denominado “TABA”, mantiveram uma ocupação no prédio do Ciclo Básico, transformando salas de aula em suas casas diante da recusa da reitoria em garantir moradia aos estudantes de baixa renda. A “TABA” lutava por casas, onde as necessidades básicas fossem atendidas, além de um espaço em que fosse garantido o convívio entre os estudantes, elemento considerado necessário para o desenvolvimento dos estudos em nossa universidade, em resumo, permanência estudantil.

Por que estamos ocupados?

O movimento “TABA” foi parcialmente vitorioso, pois diante da reivindicação de 1500 vagas, os estudantes conseguiram apenas cerca de 900. Contudo, no acordo feito com o então reitor Paulo Renato de Souza, assinado no dia 16 de dezembro de 1987, ficou firmado que caso a reitoria não construisse um espaço adequado para a locação de 1500 estudantes - o que na época representava 10% do contingente de estudantes da Unicamp, os estudantes poderiam ocupar outro espaço do campus.

Baseando-se no fato de que após 23 anos a reitoria não cumpriu com o acordo, em assembléia de estudantes e moradores, foi deliberada e efetivada a ocupação da administração da moradia, na manhã do dia 03 de março de 2011, a fim do cumprimento atualizado deste acordo de 1987, visto que o número de estudantes da Unicamp aumentou em 100%.

As condições atuais da moradia são precárias, como a super-lotação das casas , falta de estúdios para as famílias com filhos, móveis e eletrodomésticos retirados das casas que se encontram entulhados pela moradia, possibilitando a proliferação de animais nocivos como ratos e pombos, entre outros. Além disso, os espaços de convivência são constantemente limitados pela administração autoritária de Luiz Antônio Viotto. Este, como os demais administradores da moradia, indicado pela reitoria da Universidade, têm tomado decisões sem a presença e aprovação do conselho deliberativo - o qual possui representação discente.

Hóspedes?

Hoje, com o atual número de vagas oficiais, o processo de seleção para o PME (Programa de moradia Estudantil) não contempla todo o contingente de estudantes que necessitam destas vagas para dar prosseguimento aos estudos em nossa Universidade. Conseqüência disso é o contingente de estudantes “não oficiais” que, embora não contemplados pelo processo seletivo, não têm onde morar. Esse déficit contribui para a superlotação da moradia, fruto da falta de uma política de permanência estudantil capaz de atender todos os estudantes que necessitam. Defendemos também a autonomia das casas em receber os moradores não contemplados, mas que dela precisam. Dessa forma, somos contra a classificação destes moradores como “hóspedes”, pois, para nós, eles são moradores efetivos.


O que tentamos até agora e o que já conseguimos?

Há anos, foram inúmeras as tentativas de diálogo com a administração da moradia e a Reitoria da Unicamp para que este problema histórico fosse solucionado: reuniões, reivindicações por carta, debates, assembléias, propostas de projetos para a utilização dos espaços, etc.

Em 2007, com a queda do “Bloco B”, os estudantes, novamente, desencadearam uma série de atividades que culminaram na ocupação da Reitoria, conquistando a reforma e a promessa, ainda não cumprida, da ampliação de vagas.


Polícia na moradia?

Desde a ditadura, a polícia não entrava nos espaços das Universidades. Contudo, depois de 2009, ano em que a polícia reprimiu uma manifestação na USP, intensificou-se o processo de criminalização e perseguição ao movimento estudantil e dos trabalhadores. Isso é reflexo de uma política da reitoria de impedir a organização política dos estudantes, ao mesmo tempo que, esvazia os espaços de vivencia, como a perseguição daqueles que fazem festas ou atividades culturais no campus. Como ocorreu na manha do dia 03/03/11, quando a força tática e a tropa de choque estavam preparados para usar de força para reprimir a manifestação.

Repudiamos a política da reitoria de repressão e perseguição ao movimento estudantil, tirando fotos dos estudantes, intimidando-os e tentando impedir a organização de nosso movimento.


Reivindicamos

- Aumento de Vagas na Moradia da Unicamp.

- Não à polícia dentro do Campus e da Moradia Estudantil.

- Fora o autoritarismo e fora Viotto!



Saiba Mais:

http://ocupacaomoradiaunicamp.blogspot.com

http://namoras.org

E-mail: ocupação.moradia@hotmail.com

Rádio Moras: 100,9 FM

Facebook: Ocupação Moradia Unicamp

TWITTER: @amoramoras

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Atenção ao calendário de atividades!

Fique atento ao nosso calendário de atividades!

Dia 25 tem panfletagem de manhã na Moraes Sales e de tarde no Terminal Central.
No dia 26 tem produção de faixas, cartazes, camisetas, entre outros materiais para a passeata do dia 03/03.

A sua participação fortalece nossa luta!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES CONSEGUE BARRAR O AUMENTO DA TARIFA DE ÔNIBUS EM BELÉM!

A situação do transporte público em Belém é um dos piores do país, todos os dias trabalhadores e estudantes utilizam ônibus superlotados e sucateados. No inicio do ano o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) já anunciava um possível reajuste no preço da tarifa de ônibus de R$1,85 para R$2,15. Várias outras capitais do País também sofreram reajustes nas Tarifas de ônibus, enquanto a qualidade do transporte público só abaixa, o preço das passagens só aumenta.

Diante disso os estudantes e trabalhadores foram às ruas com a ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre), vários movimentos sociais e entidades do movimento estudantil (Romper o dia, Vamos a Luta, DCE-UFRA, DCE-UFPA, DCE-UEPA, DCE-UNAMA, EXNETO, CATO, CAZOO, CAENF, CAPE-UEPA, CAFISIO-UEPA entre outros) e junto com a CSP-CONLUTAS, SINDAMBIENTAL, AEBA, SINDTIFES, SIND construção civil, SINSEP, MTL e MTST; mostrando a importância e força da unidade da esquerda para lutar pelo passe livre para estudantes e desempregos e dizer um “Não!“ a esse aumento abusivo que beneficia só os empresários, pois enquanto o salário mínimo aumenta apenas 6%, a proposta de reajuste da tarifa seria de 16%.

Organizamos vários atos em Belém: aos domingos na Praça da República, passamos abaixo-assinados e fizemos uma passeata que reuniu aproximadamente 300 ativistas, até o prédio da Prefeitura Municipal de Belém no dia 03/02, já na prefeitura pressionados pela nossa mobilização, que exigia prestação de contas e verificação nas planilhas das empresas, conseguimos marcar uma audiência pública com o Prefeito que será no dia 23/02, às 9h, no Cine Olympia. Após isso tiramos calendários de atividades e estamos em mobilização permanente.

Tivemos uma grande vitória, pois nossa luta conseguiu barrar o aumento da tarifa de ônibus por tempo indeterminado, foi divulgado hoje em um dos jornais de principal circulação local que a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), recusou ontem (17/02) a proposta de reajuste imediato da tarifa de ônibus.

Ainda foi estabelecido que pelo menos um domingo do mês, os ônibus circulassem de forma “gratuita”, o que começa a valer a partir do próximo dia 27/02. Essa determinação foi baseada na Lei Municipal nº 8779. (http://ee.diariodopara.com.br/).

Esta nova lei que beneficia a população de Belém com ônibus gratuitos um domingo por mês também é fruto de muita luta do movimento estudantil. Pois ano passado o prefeito Duciomar (PSDB) concedeu perdão de mais de R$ 80 milhões em dívidas fiscais para os empresários, além de reduzir a alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) para as empresas de ônibus urbanos, de 5% para 2%.

A direção do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Belém (Setrans-Bel) garante que a gratuidade terá custo aos usuários e que este percentual deve ser acrescido à planilha durante o período de negociação para reajuste da tarifa dos coletivos.

Não aceitaremos que a “gratuidade” tenha um custo para a juventude e trabalhadores de Belém, exigimos GRATUIDADE PLENA, TRANSPORTE PÚBLICO BARATO, DE QUALIDADE E PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Protesto com acorrentados acaba em confronto com a polícia em SP

Ao menos seis estudantes se acorrentaram dentro do prédio da Prefeitura de São Paulo nesta quinta-feira, em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus.

A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada e houve confronto com estudantes que apoiavam o protesto no lado externo.

De acordo com relatos de estudantes, eles se prenderam às catracas que dão acesso aos elevadores do prédio, no centro de São Paulo, por volta das 13h. Cerca de outros dez estudantes acompanham a manifestação no saguão do edifício, que teve as entradas bloqueadas. No lado externo, foram montados bloqueios pela Guarda Civil Metropolitana e pela Polícia Militar.

Os confrontos começaram após estudantes lançarem rojões e sacos de lixo em direção aos policiais, que revidaram com spray de pimenta e balas de borracha. Uma catraca de ônibus foi queimada em frente ao bloqueio.

De acordo com estimativa da Polícia Militar, cerca de 400 manifestantes estão em frente ao prédio da prefeitura. Não há informações sobre feridos.

REUNIÃO

O protesto ocorreu após uma reunião na secretaria de Transportes. A reunião estava marcada para ocorrer de manhã, na zona norte da cidade, mas, segundo os estudantes, o secretário adjunto, Pedro Luiz de Brito Machado, não compareceu.

Eles seguiram, então, até secretaria, onde foram recebidos. Segundo Bruno Machion, 23, membro da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre, os estudantes disseram que estavam lá para saber se a prefeitura iria abrir uma negociação para a redução da tarifa, mas receberam como resposta que isso não ocorreria.

Após a reunião, ainda de acordo com Machion, os estudantes foram até o prédio da prefeitura e se acorrentaram. Os vereadores Juliana Cardoso (PT) e Antônio Donato (PT) foram até o local, e disseram estar lá "para garantir que nada ocorra com os estudantes".

Segundo uma estudante que esteve dentro do prédio, os estudantes estão cercados por guardas civis e policiais militares. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que, por enquanto, não há nenhum tipo de negociação para a liberação dos manifestantes --há garotos e garotas.

Segundo seus colegas, eles não se soltaram nem para ir ao banheiro, e usam um balde para fazer as necessidades.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/877297-protesto-com-acorrentados-acaba-em-confronto-com-a-policia-em-sp.shtml, dia 17/02/2011

Artigo do MPL publicado na Folha de SP

Esta matério foi públicada na Folha de São Paulo, dia 16/02, por integrantes do MPL São Paulo.
O material não está disponível online para não assinantes.

Um aumento inevitável?
LUCAS MONTEIRO DE OLIVEIRA e NINA CAPPELLO MARCONDES

Os aumentos nas tarifas de ônibus ocorrem devido ao atual modelo de transporte, que prioriza as empresas em detrimento da população

São Paulo vive hoje mais um episódio da crise de mobilidade há anos instalada na cidade.

As grandes manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus -que foi de R$ 2,70 para R$ 3 -têm demonstrado a insatisfação dos usuários com a precarização desse serviço público, que se torna mais caro ano a ano, impedindo uma ampla parcela da população de circular pela cidade.

Ao mesmo tempo em que a tarifa e o subsídio pago às empresas aumentam, têm-se ônibus cada vez mais lotados, linhas cortadas, maior tempo de espera nos pontos e dificuldade crescente no deslocamento. Foi publicado recentemente, nesta Folha, o plano de investimentos do prefeito Kassab para a construção de vias expressas, visando melhorar o trânsito.

Vemos que a opção da Prefeitura de São Paulo segue a mesma desde Prestes Maia: o gasto de dinheiro público no transporte privado.

Desde 2006, a tarifa aumentou 50%, enquanto a inflação do período foi de 30%. Atualmente, até a parcela de uma motocicleta pode ser mais barata que o gasto mensal com a passagem de ônibus.

Os sucessivos aumentos ocorrem devido ao atual modelo de transporte, que prioriza os lucros das empresas em detrimento das necessidades da população.

É necessário alterar a política de mobilidade urbana, que deve priorizar o transporte coletivo, revertendo o quadro de exclusão dos mais pobres, de congestionamentos quilométricos e de níveis de poluição cada vez maiores. Faz-se urgente a prefeitura assumir a importância desse serviço e torná-lo verdadeiramente público, alterando seu modelo de financiamento.

A partir dessa demanda, surgiu em 2005 o Movimento Passe Livre (MPL), na esteira de um amplo processo de mobilizações em torno do transporte pelo país, que teve seu ápice nas grandes revoltas populares que reverteram o aumento das tarifas em Vitória e Florianópolis.

As manifestações em São Paulo começaram em outubro de 2010, mas foi após a efetivação do aumento que cresceram. No primeiro ato deste ano, dia 13 de janeiro, a PM tentou acabar, pela via da força, com um ato pacífico.

Mas os manifestantes não se intimidaram e reuniram mais de 3.000 pessoas na avenida Paulista na semana seguinte, e um número ainda maior no dia 27 de janeiro, quando seguiram até a Câmara Municipal.

A pressão sobre os vereadores resultou na convocação de uma audiência pública com o secretário de Transportes, Marcelo Branco.

Dia 12, sábado passado, os manifestantes lotaram a audiência para questionar o secretário Branco sobre o aumento de tarifa. Foi assumido o compromisso de abrir um espaço de negociação entre o movimento e o Poder Executivo.

Sabemos que a negociação, por si só, não revogará o aumento. Por isso, a nossa mobilização continuará crescendo e dia 17 iremos à prefeitura para pressionar Kassab. Faz-se urgente um novo modelo de transporte, que o considere como um direito. Afinal, se devem ser desembolsados R$ 6 para o acesso a educação, saúde e cultura, esses direitos também ficam restringidos.

LUCAS MONTEIRO DE OLIVEIRA, 26, professor de história, e NINA CAPPELLO MARCONDES, 21, estudante de direito na USP, são militantes do Movimento Passe Livre.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Amanhã é o Dia Nacional de Luta contra o Aumento da Passagem

Amanhã é o Dia Nacional de Luta contra o Aumento da Passagem! Neste dia haverão atos e intervenções por todo o país contra o aumento das passagens de ônibus e pelo passe livre, impulsionados por comitês, entidades estudantis e sindicatos. Nós de Campinas também participaremos das manifestações, realizando uma panfletagem no Terminal Central, divulgando nossas pautas e chamando toda a população para unir forças a favor de um transporte de qualidade e a serviço de quem o utiliza.

Após a atividade, chamamos todos a participar do twitaço #contraoaumento

PANFLETAGEM!
Onde? Terminal Central.
Que horas? 17h.
Que dia? 17 fev (QUINTA).
O que levar? Faixas, cartazes, palavras de ordem e muita energia contra o aumento.

Cresce em todo país movimento contra o aumento das passagens de ônibus

Os reajustes das passagens dos ônibus municipais em cerca de 17 cidades brasileiras têm gerado protestos em todo o país. Estudantes e militantes de organizações contra o aumento das tarifas têm convocado manifestações e articulado um movimento para barrar os reajustes.

Na quinta-feira (27) houve protestos em Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Nesta sexta-feira (28) são convocadas manifestações em Recife (PE), Salvador (BA) e Vitória (ES).

Para Daniel Guimarães Tertschitsch, militante do Movimento Passe Livre (MPL) e integrante do Tarifa Zero, “essas mobilizações, que nascem inicialmente contra aumentos nas tarifas de ônibus, abrem perspectivas para além desses valores percentuais dos aumentos”.

Tertschitsch afirma que elas servem de ponto de partida para o aprofundamento da nossa compreensão sobre a verdadeira exclusão social que resulta do sistema de transporte coletivo que temos hoje.

Impactos

Dados da Pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), divulgada no dia 24 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que aproximadamente 30% dos brasileiros têm deixado de utlilizar o transporte público para se locomover por causa do alto custo.

Na região Norte a desistência da viagem por falta de dinheiro chegou a 48,12% dos entrevistados. No Sudeste, o índice de usuários é de 28,57%. Na região Nordeste o motivo é apontado por 29,64%, no Centro-Oeste por 23,62% e entre os sulistas, 18,95%.

Além disso, a pesquisa revela que o gasto com transporte, seja público ou particular, alcançou o mesmo percentual que o da alimentação. E ultrapassou as despesas com assistência médica e vestuário.

Tertschitsch alega que o crescimento das manifestações contra o aumento das passagens demonstra que não trata-se apenas de uma luta dos estudantes, mas que é um “problema de classe, dos trabalhadores e trabalhadoras, excluídos e excluídas e de todo o Brasil”.

“Os atos estão acontecendo em cidades distantes umas das outras, por exemplo Porto Alegre e Aracaju, passando por várias organizações diferentes, apartidárias e partidárias ou movimentos sociais que já carregam esta luta há mais tempo, como o Movimento Passe Livre”, ressalta o militante.

São Paulo


Em São Paulo, a manifestação desta quinta-feira foi a maior já realizada na cidade. De acordo com Lucas Monteiro, militante do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPL-SP), que organizou a ação, cerca de 4 mil e quinhentas pessoas participaram da manifestação que começou no Teatro Municipal, percorreu as avenidas Ipiranga e São João e culminou na Câmara dos Vereadores.

Os militantes do MPL foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Vereadores, José Police Neto (PSDB). “A gente entregou uma carta exigindo que a Câmara convoque o secretário de transportes, Marcelo Cardinale Branco, para prestar contas sobre o aumento da passagens e o aumento dos subsídios”, relata o militante do MPL.

Neto prometeu aos manifestantes realizar uma audiência pública na próxima quarta-feira (2), quando levará a discussão ao plenário da Câmara e definirá se o secretário de transportes será convocado para prestar esclarecimentos.

“Não há muito o que explicar, mas ele [Branco] precisa vir a público para falar sobre o aumento e ouvir as reivindicações do movimento”, defende Monteiro e afirma que a maior reinvindicação é que o reajuste seja revertido.

Para o militante do MPL, somente o fortalecimento das manifestações e a mobilização popular será capaz de barrar o reajuste. Ele pondera que o movimento contra o aumento têm crescido e deverá ganhar mais força com o retorno das aulas. Segundo Monteiro, o MPL já está criando articulações para somar ao movimento os estudantes das escolas particulares, que iniciam o ano letivo na próxima segunda-feira (31), e os estudantes da rede pública, que retornam às aulas no dia 7 de fevereiro.

Este foi o terceiro protesto promovida pelo MPL na capital pauilista desde o reajuste das tarifas, vigente a partir do dia 5 de janeiro, que fez com que o valor passasse de R$ 2,70 para R$ 3,00. Na primeira ação, no dia 13, os manifestantes foram duramente reprimidos pela PM, o que resultou em um saldo de 30 detidos e 10 feridos. Nas outras duas, dos dias 20 e 27, não houve confrontos e as manifestações seguiram pacificamente.

Manifestações

Na próxima semana, o MPL realizará uma manifestação em frente à Câmara dos Vereadores ao mesmo tempo em que será realizada a audiência pública, na quarta-feira às 15hs, a fim de pressionar o legislativo a favor da convocação do secretário de transportes. Além disso, convoca um protesto no vão livre do Masp, na avenida Paulista, na quinta-feira (3) às 17hs.

Estudantes têm promovido protestos em Salvador desde o aumento das passagens, de R$ 2,30 para R$ 2,50, que passou a valer no dia 2 de janeiro. Na chamada Revolta do Buzu 2011, eles pedem, entre outras coisas, a revogação do aumento da tarifa, o congelamento do valor anterior por dois anos e a melhoria do sistema de transporte coletivo da capital baiana. Na tarde desta sexta-feira (28) acontece mais uma ação da Revolta do Buzu 2011 em frente ao Plano Inclinado da Liberdade.

Haverá manifestação também em Vitória, às 17h em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo, na avenida Américo Buaiz, 205. Em Recife, a manifestação foi iniciada às 13h desta sexta-feira, em frente ao atual Ginásio Pernambucano, na Rua do Hospício, Boa Vista.

Na Internet é realizado o tuitaço, marcando o Dia Nacional de Luta contra o Aumento das Passagens. Através da hashtag #contraoaumento, as pessoas manifestam sua insatisfação com os reajustes e unem-se em uma mobilização nacional.

Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN, dia 31/01/2011.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Campinas contra o aumento no dia 03/03! R$2,85 é um roubo!

No dia 03 de março venha participar da passeata contra o aumento.
Traga cartazes, faixas, camisas!
Chame amigos, (des)conhecidos, vizinhos, companheiros de trabalho para junto exigirmos a redução da passagem!

Largo do Rosário, dia 03/03, às 9h
Participe também das reuniões e dos preparativos

QUEM NÃO LUTA QUER TARIFA!

Contra a Lei das Organizações Sociais e a Privatização do Serviço Público: todos à Câmara na segunda-feira!

Na próxima segunda-feira, dia 14/fevereiro, os vereadores de Campinas devem votar o Projeto de Lei 29/2011, que regulamenta as Organizações Sociais no município de Campinas.

O projeto foi apresentado pela Prefeitura há poucos dias, mas já entrou em pauta porque foi aprovado um Requerimento de Urgência apresentado pelo vereador Francisco Sellin, líder do governo Hélio na Câmara.

Ao propor o regime de urgência, a intenção da prefeitura é bem clara: aprovar o projeto "a toque de caixa", sem a discussão necessária para um assunto tão polêmico.

Até agora, os vereadores da base do governo não deram abertura para negociar a retirada do regime de urgência. Não foi por falta de pressão: nesta quinta-feira (10) o Plenário da Câmara foi lotado por manifestantes contrários ao projeto, durante um debate promovido pela Comissão Permanente de Política Social e Saúde.

Contra o "rolo compressor" do governo municipal, só temos uma arma: a mobilização! Vamos todos à Câmara Municipal na segunda-feira (14), a partir das 18h00!

O Plenário da Câmara fica na Avenida Engenheiro Roberto Mange, 66 (esquina com Avenida da Saudade). O acesso é livre a qualquer pessoa interessada em acompanhar a sessão. A sessão está marcada para começar às 18h00, mas quem trabalha até as 19h00 também deve ir assim que puder!

Já que os vereadores devem satisfação a nós eleitores, também podemos cobrá-los de outras maneiras. A página da Câmara tem uma lista com nomes, e-mails e telefones dos gabinetes de todos os 33 vereadores (para ver o telefone é só clicar no nome do vereador).

É hora de escrever e telefonar, cobrando o voto contrário ao Projeto de Lei 29/2011! Os vereadores não podem aceitar o atropelo imposto pelo prefeito!

Por que motivos devemos ser contra a Lei das Organizações Sociais?
Se for aprovado, o projeto vai permitir que a Prefeitura entregue para entidades privadas a gestão de serviços nas áreas da saúde, educação, cultura, esporte e lazer. Ou seja: em vez de investir na qualificação do serviço público, a Prefeitura terceiriza e privatiza os serviços.

Exemplos em todo o Brasil têm mostrado o quanto isso faz mal para os usuários e para os trabalhadores, que podem ser "escolhidos a dedo" (sem concurso) e são regidos pela CLT, sujeitos a demissão imotivada. Além disso, as OSs aumentam a margem para desvios de recursos públicos, já que são muito menos transparentes do que a própria administração pública.

Vale registrar também que se trata de um claro desrespeito ao Conselho Municipal de Saúde, que em 12/maio/2010 deliberou por ampla maioria pelo fim da terceirização da gestão do Complexo Hospitalar Ouro Verde (atualmente gerenciado por uma Organização Social, a SPDM, mesmo sem legislação municipal a respeito). Já em agosto/2010 o mesmo Conselho aprovou a criação de uma Fundação Estatal de Direito Privado para gestão do hospital, contando inclusive com o apoio explícito e os votos dos representantes da Prefeitura.

Além disso, a legislação federal das OSs é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e já motivou a criação de uma Frente pela Procedência da ADIN 1923, que já conta com mais de 300 entidades, além de um abaixo-assinado com mais de 5.000 assinaturas.

Vamos todos nos unir contra esse absurdo!

Material retirado do boletim do CEBES Campinas, Número 16  —  11 de fevereiro de 2011.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Reunião do Passe Livre

Quem não luta quer tarifa!
Todos os interessados em participar das discussões sobre um modelo de transporte realmente público e a favor da população estão convidados a incorporar nossa 3ª reunião.

sábado 19/02 9h Centro de Convivência

Exibir mapa ampliado

Não ao aumento da passagem!

Mais um começo de ano com aumento da passagem de ônibus. Campinas e outras cidades como São Paulo sofrem com um aumento na faixa de 10%. A população continua gastando um terço da sua renda com transporte enquanto os deputados aumentam mais de 60% os seus salários. O aumento permanente das passagens, a carência de ônibus suficientes para atender a população, dentre outros problemas, são resultados da privatização do transporte. As empresas de ônibus estão nas mãos de poucos empresários, cujo objetivo central é garantir seu lucro e não o transporte de qualidade. Essas mesmas empresas e seus donos são os financiadores das grandes campanhas eleitorais dos políticos da cidade, inclusive do prefeito, que depois de eleitos pagarão sua dívida autorizando esse tipo de aumento absurdo que vemos hoje.

Por que queremos um transporte PÚBLICO DE VERDADE?

MEIO AMBIENTE
O transporte coletivo garante que mais pessoas sejam transportadas com menor emissão de carbono na atmosfer. O que é fundamental hoje, quando o mundo reconhece os efeitos devastadores dos impactos ambientais.

DESEMPREGADOS
O direito de usar o transporte coletivo gratuitamente garante que desempregados possam sair em busca de emprego. Garante também o acesso à Saúde, Cultura e Lazer.

JUVENTUDE
A juventude deve também ter acesso gratuito ao transporte coletivo. Segundo dados divulgados pelo próprio governo, o gasto com o transporte até a escola é um dos maiores motivos de altas taxas de desistencia escolar.

CULTURA
A circulação da produção artística e cultural se limita ainda mais com o aumento da passagem, fica cada vez mais difícil ter acesso ao que é produzido em outros cantos da cidade, principalmente nos bairros populares. É fundamental que todos tenhamos acesso à teatros, estádios de futebol,shows e manifestações artísticas da cidade onde moramos.

Precisamos unir a população, os trabalhadores e a juventude contra esse aumento e fazermos mobilização com atos, debates, etc. para reverter mais esse ataque. Por isso impulsionamos o comitê contra o aumento da passagem e buscaremos criar comitês locais para abrir reflexão e debate em cada local de trabalho, de estudo etc. para que, a partir disso, nos organizemos politicamente para as grandes mobilizações necessárias para barrar esse aumento e discutir uma outra proposta de transporte público.



Por isso defendemos:



  • REDUÇÃO IMEDIATA DO PREÇO DA PASSAGEM!
  • ESTATIZAÇÃO DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS!
  • PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS!
  • REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DE MOTORISTAS E COBRADORES SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS!
  • REAJUSTE SALARIAL PARA TODOS TRABALHADORES DO TRANSPORTE COLETIVO!